Rapsódia de Lisboa

Autor: Popular
Arranjos Musicais: Iscalina

Lisboa vem p’ra a rua
Que o Santo António é teu
S. Pedro deu-te a Lua
E o mundo escureceu
Comprei-te um manjerico
E trago-te um balão
Em casa é que eu não fico
Ó meu rico S. João
Lisboa faz surgir
Ai que milagre aquele
Cantigas a florir
Num cravo de papel
Nos arcos enfeitados
Pousaram as estrelas
E há anjos debruçados
Nos telhados das vielas
Lisboa,
Andou de lado em lado
Foi ver uma tourada
Depois bailou, bebeu
Lisboa,
Ouviu cantar o fado
Rompia a madrugada
Quando ela adormeceu
Lisboa já dança na rua
Há marcha que é sua
Que o povo venera
Podemos dançar todo o ano
Sem mágoa, sem dano
Meu Deus, quem nos dera
Os arcos erguidos bem alto
Pisando o asfalto e nada a molesta
Subindo ou descendo a ladeira
Não sente a canseira
Que a noite é de festa
Lisboa nasceu
Pertinho do céu
Toda embalada na fé
Lavou-se no rio
Ai, ai, ai menina
Foi baptizada na Sé
Já se fez mulher
E hoje o que ela quer
É trovar e dar ao pé
Anda em desvario
Ai, ai, ai menina
Mas que linda que ela é
Um craveiro numa água furtada
Cheira bem, cheira a Lisboa
Uma rosa a florir na tapada
Cheira bem, cheira a Lisboa
A fragata que se ergue na proa
A varina que teima em passar
Cheiram bem porque são de Lisboa
Lisboa tem cheiro de flores e de mar
Lisboa
Gaiata, de chinela no pé
LisboaTravessa, que linda que ela é
Lisboa
Ladina, que bailas a cantar
Sereia pequenina que Deus guarda ao pé do mar.

Mensagens populares