VIII Oito Badaladas - Reportagem

Este festival teve lugar no Teatro Académico de Gil Vicente, o palco mais emblemático de Coimbra e teve a particularidade de ser uma homenagem ao grande Zeca Afonso, onde cada tuna participante teria de levar uma adaptação do grande nome da música popular portuguesa.
Começamos a nossa aventura na tarde do dia 18 ao apanharmos o comboio
com destino a Coimbra B, onde sairíamos e apanharíamos outro comboio para Coimbra A, onde nos aguardavam, no entanto, enganámo-nos a apanhar o 2º comboio e fomos parar à maravilhosa aldeia(talvez só localidade) de Pereira. Isto tudo graças ao nosso puto Telmo que nos guiou em erro, com esta peripécia, ele arranjou uma nova alcunha: Pereira! E por isso só temos a dizer: "Boa Telminho, estiveste bem!".
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Encaminhados no destino certo, lá nos foram buscar à estação de Coimbra B, chegados à Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, onde nos receberam calorasamente, e onde já estavam as tunas que iriam estar presentes no festival: Enftuna, Phartuna, Magna Tuna Apocaliscspiana; jantámos e seguimos para a praça 8 de Maio onde decorreu a noite de serenatas. A abertura foi feita pela nossa tuna irmã: K&Batuna, e pela Tuna de Medicina da Universidade de Coimbra.
Ao chegar a nossa vez de cantar a serenata, juntamo-nos à frente da igreja e com sentimento cantámos a nossa bela serenata: Anjo Perfeito.
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Após as serenatas, dirigimo-nos para o convívio e posteriormente para a escola secundária (ainda bem que não nos esquecemos dos nossos sacos-cama, maldito chão) onde passámos o pouco resto da noite que nos restava (isto porque às 8h da manhã de sexta-feira havia aulas, mas como responsáveis que somos, respeitámos os horarios e às 8 da matina já estávamos de saída).
Após o pequeno-almoço fomos descansar para a sala de ensaios da Quantunna e após a habitual feijoada servida à hora de almoço, o ensaio pré-festival e algumas latas de red bull tivemos um animado convívio de músicas populares com a Enftuna.
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A hora do festival estava perto e os nervos a apertar. Chegou a hora de jantar nas Amarelas e finalmente a hora do espectáculo.
A 1ª tuna a concurso foi a Phartuna, que apesar de ter um número elevado de caloiros, teve uma boa apresentação, onde destacamos a adaptação de Índios da Meia-Praia, do Zeca Afonso.
A nossa conterrânea Magna Tuna Apocaliscspiana foi a seguinte e demonstrou porque, apesar do nome difícil de pronunciar, é uma tuna com qualidade, bom jogo de vozes e uma actuação fantástica que mereceram os aplausos do público.
A Enftuna, onde se destacaram os seus inúmeros pandeiretas e bandeiras, o seu grande leque de elementos e vozes, que se traduziram numa grande prestação da tuna vinda de Portalegre.
E finalmente a nossa actuação que , apesar dos nervos e da responsabilidade de termos sido os grandes vencedores da edição anterior, correu bem. Comecámos com o original em que homenageamos a nossa cidade, Lisboa Eu Sou; seguida do Vejam Bem, a nossa adaptação da conhecida música de Zeca Afonso; a Tasca do Mendes, o nosso instrumental; Zacarias, o nosso hino; a Valsa Lusa, a música da nossa solista e por fim Oh Ana, com a qual nos despedimos e saímos com os aplausos do público.
Com as quatro tunas a já terem actuado, era tempo do júri deliberar sobre os prémios, enquanto era chegada a altura da tuna da casa e também nossa irmã, a Quantunna, actuar, com um rasgo de originalidade juntamente com a Orquestra da Tuna Académica da Universidade de Coimbra, que levou o público ao delírio.
Finda a actuação e com todas as tunas presentes em palco, foram entregues os prémios:
Enftuna (Portalegre)
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Segunda Melhor Tuna:
Tuna Iscalina (Lisboa)
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Melhor Adaptação José Afonso:
Magna Tuna Apocaliscspiana (Lisboa)
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Tuna mais Tuna:
Phartuna (Coimbra)
.Melhor Instrumental:
Tuna Iscalina (Lisboa)
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Melhor Serenata:
Enftuna (Portalegre)
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Tuna mais Mista:
Tuna mais Mista:
Enftuna (Portalegre)
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Melhor Pandeireta:
Enftuna (Portalegre)
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Melhor Estandarte:
Melhor Estandarte:
Enftuna (Portalegre)
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Festejámos efusivamente os nossos dois prémios recebidos, onde finalmente o nosso instrumental foi reconhecido. Parabéns Enftuna, mereceram o prémio de melhor tuna e parabéns Phartuna e Magna Tuna Apocaliscspiana pelos vossos prémios e pelo contributo que todos nós demos à qualidade deste festival.
.No exterior convivemos todos, no que foi uma grande festa. Cansados e prontos para dormir, tivemos uma surpresa: iríamos dormir a casa de alguns elementos da K&Batuna, o que nos causou bastante alegria visto os laços de amizade e companheirismo com esta tuna nossa irmã, por isto só temos a agradecer esta nobre atitude da parte deles. Ao acordarmos sábado tínhamos sentimentos opostos: felizes por tudo ter corrido bem e tristes por termos de voltar a Lisboa e ao nosso quotidiano. E assim sábado à tarde despedimo-nos dos nossos caros amigos e irmãos da Quantunna e K&Batuna e return to home...
.O nosso muito obrigado à Quantunna pelo magnífico festival, temos orgulho em ter uma tuna assim como nossa irmã, cheia de espírito académico e talento musical, à K&Batuna pela amabilidade disponibilizada, ao fantástico público presente no festival, aos nossos dois guias, Crema e Adriana, que nos aturaram durante dois longos dias, à Sanfona ao Náná e à Sónia por terem disponibilizado as suas casas e colchões e uma vez mais à Sónia por ser a melhor "motorista" de Coimbra, "carrega motorista!".
Obrigado e até à próxima.
TUNA ISCALINA